Natal! Ah, o
Natal.
Uma
época cheia de magia, bons sentimentos, momento em que as famílias e amigos se
reúnem ao redor de uma grande mesa, celebram a vida, comem panetone, peru,
tomam vinho, trocam presentes, distribui abraços e transbordam sua alma com uma
energia maravilhosa que será utilizada nos próximos dias e no ano novo que está
por vir. Deixando o histórico religioso fora do texto, na minha concepção o
Natal é isso. Também temos Papai Noel, chaminés, botinhas para presentes,
arvores enfeitadas, luzes, entre outros adereços.
Além
de tudo isso aí que citei, o Natal também é uma das datas mais importantes do
calendário mercadológico. As maiores e melhores promoções, prêmios e campanhas
são vistas à companhia do bom velhinho.
Enquanto
isso, tudo bem. Mas, a cada ano que passa percebo que esse pessoal está
perdendo a noção, trabalhando uma data rica em valores e possibilidades de
relacionamento como um produto de liquidação. As
campanhas de Natal entram num ciclo vicioso, todo ano temos: compre R$ XXX,XX e
concorra um carro, casa, viagem; compre R$ XXX,XX e troque por panetone,
vinhos, brindes; ou faça a frase “bla bla bla bla bla” e concorra o premio.
Tudo
isso é muito interessante, muito legal. Mas, já virou obrigação, nos shoppings
principalmente. Diante disso faço o seguinte questionamento: Até onde o premio
sorteado na campanha influencia sua decisão de compra?
Eu
não entro em comoção com isso. Faço minhas compras buscando comodidade melhor
preço.
Tudo
bem se querem realizar sorteios, contemplar o cliente com algum “mimo”, mas poderia
pelo menos trabalhar as campanhas num contexto mais lúdico, desde ambiência
interna (nos casos de shoppings e lojas), peças publicitárias e outros artifícios
que compõem a ação.
Sou
a favor de direcionar o maior investimento do Natal para ações de Relacionamento,
o sorteio, o concurso, a promoção fica em segundo plano, afinal, já temos isso
o ano inteiro no calendário do varejo. Sem falar que o Natal se vende sozinho, as
pessoas não deixarão de comprar o presente por não concorrer a uma BMW ou
qualquer outra coisa.
A
data está perdendo o encanto, se não pararmos pra pensar nisso, os cartuchos serão
perdidos, as campanhas se estagnarão e não vai demorar a ver Papai Noel fazendo
locução em porta de loja de eletro, as renas puxando “trenó de som”, os
ajudantes fazendo panfletagem no sinal, e as noeletes perguntando “quer pagar
quanto?”.